Entrevista de história oral
tag
Identificador:
01/0002960
collections
Coleção:
Acervo Associação 13 de Agosto
calendar_today
Data:
2022-2024
place
Abrangência:
Osasco (SP)
Não há pré-visualização disponível.
label
Metadados
Área de identificação
- Identificador 01/0002960
- Tipologia documental Entrevista de história oral
- Origem 0015 - (ATA) Documentos acumulados e produzidos por membros do Lasintec e do CMUrb em função do projeto Políticas de segurança e violência de Estado: relatos de luta e imagens de resistências das mães da Chacina de Osasco (2012-2022), entre 2020 e 2022.
- Data 2022-2024
- Local de produção Osasco (SP); Barueri (SP)
- Idioma Português
- Gênero documental textual
- Suporte papel
- Formato digitação
- Relação transcrição editada
label
Metadados
Área de contextualização
- Acervo ATA - Associação 13 de Agosto
- Abordagem individualizada
- Número de itens 1
- Acesso disponível para consulta local
- Entrevistado Zilda Maria de Paula
- Entrevistador Joana da Silva Barros; Gabriella De Biaggi
- Transcritor Caroline Borges Boaventura Ferreira de Souza; Larissa Lima
- Revisor da transcrição Joana da Silva Barros; Gabriella De Biaggi
- Preparador de sumário Gabriella De Biaggi
- Coordenador do projeto Joana da Silva Barros; Acácio Augusto; Gabriella De Biaggi
- Instituição do projeto Unifesp
- Financiador do projeto Unifesp
- Projeto de origem Memória em movimento contra a violência de Estado: construção do acervo do movimento de mães da Chacina Osasco e Barueri (2015)
- Período de realização do projeto 2023-2025
- Data da entrevista 06/05/2022; 26/01/2024; 27/03/2024
- Ambiente da entrevista Residência da entrevistada
- Duração total da entrevista 06:39:36
- Modalidade da gravação original áudio
- Tipo da entrevista história de vida
- Resumo biográfico do entrevistado Cofundadora e coordenadora das atividades da Associação 13 de Agosto. Em 2024, recebeu o primeiro Prêmio Marielle Franco de defensora dos Direitos Humanos.
- Motivação para a entrevista Registrar e produzir memória, a partir da história de vida de mães e familiares de pessoas vitimadas na chacina de Osasco e Barueri (2015), além de mapear os efeitos políticos, sociais e subjetivos da violência letal de Estado associada à busca por segurança.
- Resumo temático Infância na Pompeia, morando em casas de família nas quais sua mãe trabalhava como empregada doméstica. Vivências como uma das únicas crianças negras em ambientes predominantemente brancos e limitações à circulação e permanência dentro das casas de família. Acusação de furto por parte de uma patroa de sua mãe e saída repentina da casa onde moravam. Mudança para a casa de um tio em Guaianases: momento de grandes dificuldades, fome e estratégias de sobrevivência, como a coleta de alimentos descartados no fim da feira e no Mercado Municipal. Adolescência entre casas de família, onde trabalhava, e a rua, convivendo com outras meninas na mesma situação e frequentando a porta do Teatro da Record para ver artistas da Jovem Guarda. Amizades e apoio mútuo entre meninas “maloqueiras”, que compartilhavam banheiros, cozinhas e quartinhos de empregada das casas em que trabalhavam com aquelas que estavam desempregadas. Período da ditadura civil-militar, censura a artistas. Mudança para a Brasilândia com dezesseis ou dezessete anos, Choque com a maioria negra na Brasilândia. Zilda começa a frequentar bailinhos, andar com sua prima e frequentar terreiros de Umbanda. Relação com santos e orixás. Vivências e amizades na escola de samba Rosas de Ouro. Racismo na seleção dos destaques das escolas de samba, elitização das escolas com a mudança das suas sedes mais para o centro. Mudança para o Jardim Munhoz, para uma casa alugada, depois de romper sua relação com o pai de Fernando. Dificuldades quando estava desempregada e com o filho pequeno, medo de ser despejada da casa onde morava por não pagar aluguel. Violência doméstica e controle por parte do pai de Fernando. Sofrimento de Fernando pelo abandono paterno. Compra da casa própria no Jardim Munhoz, onde mora até hoje. Zilda faz Fernando servir o exército procurando protegê-lo e ensinar a disciplina que ela sentia que faltava ao filho por ter crescido sem pai. Nascimento de Fernando, abortos espontâneos que teve antes e morte da sua filha recém-nascida quando Fernando tinha um ano. Relação que mantém com a família para a qual trabalhou e com a qual morou por muitos anos. Infância de Fernando morando na casa e convivendo com os filhos de seus patrões, diferenças em relação à sua própria infância. Racismo sofrido por seu filho na escola particular em que estudou. Dificuldade de Fernando para encontrar emprego depois do ano no quartel, bicos em Alphaville. Relação de companheirismo e cuidado mútuo com Fernando. Morte de Fernando ocorre quando ele estava se recuperando de uma tuberculose e terminando de pintar a casa de Zilda. Obrigação de lidar com procedimentos burocráticos após a morte de seu filho, sensação de desamparo. Primeiro ato organizado após a chacina, em frente ao bar do Juvenal. Repercussão da chacina na imprensa, primeiros contatos com jornalistas. Chacina como prática da polícia, criminalização das pessoas assassinadas. Experiências prévias de criminalização pelas quais Fernando havia passado. Início da articulação entre as mães e familiares das pessoas mortas na chacina. Contato com a ONU na busca por justiça em relação à chacina. Absolvição dos policiais envolvidos na chacina por juri popular no qual não havia pessoas negras. Impactos da chacina nas vidas de outras mães e apoio prestado a elas. Outras pessoas mortas por Victor Cristilder antes de 2015, policial militar que foi condenado e posteriormente absolvido por seu envolvimento na chacina. Recebimento do prêmio Marielle Franco pela defesa de direitos humanos. Angústia com a aproximação da data em que os corpos de seu filho e de outros assassinados na chacina de 2015 serão exumados. Distância dos parentes, que não visitam, e solidão ao lidar com seu luto.
- Descritor de assunto Movimentos sociais; Periferias urbanas; Violência de Estado; Chacina policial; Movimentos de mães; Democracia securitária; Racismo; Direitos Humanos
- Descritores onomásticos José Francisco de Paula (pai de Zilda); Maria Fumaça (benzedeira); Inácia Helena Nunes (mãe de Zilda); Maria do Carmo (amiga de infância de Zilda); Hospital das Clínicas; Eduardo de Paula (irmão de Zilda); Jânio Quadros (ex-presidente da República); Escola Estadual Professora Zuleika Barros Martins Ferreira; Lavapés (escola de samba); Marisa (vizinha de Zilda em Guaianases); Mercado Municipal de São Paulo; Igreja Nossa Senhora do Rosário; Igreja da Pompeia; Rádio Tupi; Roberto Carlos; Erasmo Carlos; Lindaura (amiga de Zilda na época em que frequentava o teatro Record); Jerry Adriani (cantor); Wanderléa (cantora); Agnaldo Timóteo (cantor); Ana (amiga de Zilda na época em que frequentava o teatro Record); Valdete (amiga de Zilda na época em que frequentava o teatro Record); Sônia (amiga de Zilda na época em que frequentava o teatro Record); Caetano Veloso (cantor); Delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury; Geraldo Vandré (cantor); Taiguara (cantor); Gilberto Gil (cantor); William Bonner (apresentador de TV); Silvio Santos (apresentador de TV); Che Guevara; Elza Soares (cantora); Manoel Francisco dos Santos (Garrincha, jogador de futebol); Nelson Ned (cantor); Lucia (amiga de Zilda na época em que frequentava o teatro Record); Ronnie Von (cantor); Vanusa (cantora); Jorge Ben (cantor); Pedrinho (amigo de Zilda na época em que frequentava o teatro Record); Juraci (mãe de santo); Fernando Luis de Paula (filho de Zilda); Dona Juventina (madrinha de santo de Zilda); Seu Valdomiro (padrinho de santo de Zilda); Rui (filho de Miriam e Nelson, família para a qual Zilda trabalhou); Lia (filha de Miriam e Nelson, família para a qual Zilda trabalhou); Enriqueta (prima de Zilda); Paulo Maluf (ex-prefeito); Caco Barcelos (repórter); Jovem Guarda; Vai-Vai (escola de samba); Camisa Verde e Branco (escola de samba); Rosas de Ouro (escola de samba); Mães de Maio (movimento social); Débora Maria (integrante das Mães de Maio); Will (advogado que ajudou a montar a Associação 13 de Agosto); Miriam (patroa de Zilda na casa onde ela trabalhou e morou por anos); Oswaldo (ex-marido de Zilda, pai de Fernando); Nelson (patrão de Zilda na casa onde ela trabalhou e morou por anos); Adelina (família de consideração de Zilda); Mocidade Alegre (escola de samba); Patrícia (amiga e vizinha de Zilda no Jardim Munhoz); Gaviões da Fiel (escola de samba); Glorioso (time de futebol da Brasilândia); Campos Elíseos (escola de samba extinta); ROTA – Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar; Luiza Erundina (ex-prefeita); Portela (escola de samba); Mangueira (escola de samba); Império Serrano (escola de samba); Unidos do Peruche (escola de samba); Nenê da Vila Matilde (escola de samba); Acadêmicos do Tatuapé (escola de samba); Morro da Casa Verde (escola de samba); Dina Alves (advogada e militante do movimento negro); Escola Estadual Professor Almeida Júnior; Quartel do Exército de Quitaúna; DHPP – Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa; Bar do Juvenal (onde ocorreu o maior ataque da chacina de Osasco e Barueri); Marcão (amigo de Fernando, estava com ele no bar no dia da chacina); Amauri (sobrevivente da chacina de Osasco e Barueri); DEIC – Departamento Estadual De Investigações Criminais; IML – Instituto Médico Legal da Polícia Científica do Estado de São Paulo; Antônia Lúcia Gomes da Silva (integrante da Associação 13 de agosto); 2° Distrito Policial de Barueri - Polícia Civil SP; Fórum Criminal da Barra Funda; Letícia (menina de 13 anos morta na chacina de Osasco e Barueri)
- Itens reproduzidos Retrato do filho
Solicitar item original
Os itens publicados no CMurb geralmente possuem marca d’água e resolução limitada. A consulta aos itens originais pode ser solicitada por meio do preenchimento de formulário específico e justificativa, ficando a critério do CMurb o atendimento à solicitação.
Formulário de solicitaçãoSolicite uma correção
Os itens publicados no CMurb estão abertos à possíveis correções ou alterações. Se você acha que este item precisa de uma alteração, use o botão abaixo para solicitar uma para nosso time.
Solicitar correção